quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Aaaaaaaaahhhh

Eu queria escrever um texto longo, cheio de informações e curiosidades. Mas, minha cabeça não me deixa pensar ou concentrar. Estou muito cansada e minha cabeça dói. Um mal estar de quem não dorme as horas suficientes e está se exigindo mais do que pode dar. Ou isso tudo é a tal época que chega de mansinho todo mês de 28 dias. Não sei, só penso em férias e descanso, só.

Gostaria de contar sobre assuntos que ando pensando ultimamente, mas nem sei se serei coerente com as ideias. Talvez preciso de mais tempo pra pensar, e isso faço bastante dentro dos ônibus diários.

Pra piorar as coisas, nas ultimas duas noites tenho acordado às 3 da madrugada pensando já ser a hora de levantar. Completamente despertada, olho o relógio e vejo que tenho lá ainda umas poucas horas. Mas então, pra levantar é um custo danado.



Além disso acho que estou resfriando. É, resfriando em pleno verão. Pois esse estágio, onde me encontro agora, é imerso num ar polar de sabe lá quantos graus negativos e nocivos às gargantas. Quando saio daqui sempre os choques térmicos. Inclusive deve ser uma das causas do meu excessivo cansaço.

Enfim, não estou morrendo, mas estou muito cansada. Pensando em viagens, férias e na minha confortável cama. Em ir ao cinema pra relaxar e com as músicas de trabalho insistentemente na cabeça. Quase num colapso... Aaahhhhhhh...

- > ps: foto do banco de imagens do Google.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

"É só o tempo ou o seu coração?"

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

seus olhos nos olhos meus

o lugar quase sempre é novo
apesar de ser o mesmo
mas me sinto sempre, ou quase
completamente deslocada.

não, não sou expansiva que quando chega
já vai puxando assunto dando risada.
tenho medo de te olhar nos olhos,
prefiro observar de longe.

e se me aproximo preciso de pretexto
e pretexto do bom, se não, me travo e não há conversa.
nunca fiz parte de nenhuma turma
e invejo, de certa forma, os que têm.

na verdade acho engraçado
essa capacidade de se revogar
pelo grupo, pelo líder ou pela causa
causa que é só social.

mas não te olho nos olhos por que tenho medo
medo que me olhe de volta
e que venha pra cima de mim
e que me deixe encabulada

que me faça perguntas embaraçadas
que caçoe de minha cara
e que depois saia andando
rindo com toda a turma em volta.

ou tenho medo de que goste de mim?
de querer me conhecer sem rir
de querer que eu goste de você
assim como gosta de mim?

só sei que quando os olhos se encontram
algo muito grande acontece
pois não consigo mante-los
e você desaparece.

(inspirado no texto "Sobre Ser Criança" do blog Desencontrando)

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

carta ao leitor


Acho que queria escrever mais um daqueles diálogos, mas acho que uma conversa assim seria melhor. O natural era eu me descrever sentimentalmente com um poema ou um conto bem simples, mas nem sei se o que sinto merece ser dito. É um misto de marasmo e superlotação. Me pego falando muito rápido quase sem conseguir pronunciar as palavras corretamente. Um sono tremendo por causa de noites pouco dormidas e os ombros rijos pela tensão que nem sei bem certo de onde vem. Isso é pouco ou normal, não sei, mas parece ser um começo de algo muito maior...

Pareço estar, assim me sinto, no portal de uma caminhada íngreme no meio do mato fechado, andando sobre pedras irregulares, carregando uma mochila um pouco pesada. E, apesar de já cansada, minha mente pede mais, pede muito mais. Leio o que posso, passo tardes descobrindo e redescobrindo coisas. É como se estivesse prestes a fazer uma grande descoberta. Como se idéias luminosas fossem me aparecer na frente a qualquer momento. Ô frio na barriga e um excitamento entusiástico. Nossa, nem sei. (...)

E aqui parece estar meio sem graça não é?! Está sem fotos, sem coloridos, e isso não cativa muito, texto demais. Assim que puder colorirei todos os posts que estiverem sem fotos ou desenho. Prometo tornar a leitura mais prazerosa, rs. Ou dar uma mudadinha no template, só pra variar, o que acham? (...)

Bom, agora me despeço. Muito bom conversar com vocês. Agora me sinto melhor, rs. Beijos, Eu.

(se pudesse ter sido manuscrita, teria sido)


-> p.s.: coloquei fotos em quase tudo, e escrevi nota lá em cima por causa disso.
p.s.2: A foto deste post retirei do site da revista Sagarana.

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

então, o amor contagioso?!

Quem iria pensar em não enfrentar filas quilométricas na porta de um hospital enquanto sofre de males que necessitam de cuidados urgentes? Ou pagar um preço salgado para passar na frente da fila e ser atendido por uma quase máquina, um robô? Aqui é assim e talvez em todo o mundo... menos no Instituto Gesundheit do Dr. Patch Adams.

Uma vida por um mundo melhor, por igualdades, por melhores condições e qualidade de vida, por melhores relações entre as pessoas, principalmente entre médico e paciente. Uma fé inabalável e uma confiança incrível nas pessoas e no amor, é o que fazem de Hunter Patch Adams um cara a se respeitar e admirar.

Sessenta e poucos anos, cabelos grisalhos longos, roupas multicoloridas e uma língua afiada. Humor e seriedade equilibrados nas medidas ideais, nas medidas para a cura. É assim que vejo aquele médico meio amalucado que tanto gostei pelo filme que leva teu nome. Era no corpo de Robin Williams o incrível. Como pode alguém fazer o sonho de um paciente se realizar numa piscina de macarrão para nadar? Mas isso é só um pouco do que aquele homem é... incrível é a palavra, rs.

Foi no Roda Viva que o conheci “pessoalmente”, na última terça, quando reprisaram um programa exibido em novembro passado. Ele ali não deixando nenhum espaço, nenhuma brecha, respondendo tudo e esclarecendo tudo a todos. Sua filosofia, suas ações, seu caráter e opiniões. Fez-me enxergar que não sou a única a sonhar num mundo melhor, muito melhor para todos. Mas, diferente dele, que sabe o que fazer, como e onde, ainda não tinha descoberto minha utilidade, minha função, meu papel. Não sabia como intervir, como fazer com que algo aconteça enfim.

Entretanto, algo que ele citou me fez animar novamente. Disse ter uma enorme biblioteca e que todos pensariam ter nela livros de ciência e filosofias avançadas. Mas, não. Ele tem poesia, tem romances, tem arte. Ele se alimenta disso por que são coisas que foram feitas para, pelo, por, e do amor. Amor. É o que move tudo, e principalmente a cura. A chave para tudo, para o que se pensa utópico, para o que se diz sonho e impossível. E é possível e está em toda parte, em todas as pessoas, em todo lugar, bastando a nós enxergá-lo.

Então tudo se resume ao amor. E o que é o amor? Pecamos ao tentar defini-lo, e é aí que realmente falhamos. Ao tentar delineá-lo esquecemos de vive-lo. E quanto tempo perdido! Perdemos tempo tentando nos enriquecer, tentando ser o que está além do que realmente somos. Tentando ter o que somente interessa aos desejos. Esquecemos dos significados mais tenros dos sentimentos. Dos ‘bons dias’ e ‘obrigados’. Mas, o que nos fez assim? Por que somos assim? Haverá jeito de não ser desse modo, afinal??

Essa sociedade de consumo que consome tudo, até a falsa saúde. Não precisa necessitar, apenas consumir para se parecer com algo que definitivamente não é. Então acaba resultando em algo artificial, sem significado. Sem nada. Sem conteúdo, sem recheio, sem nada. E estes não pensam, por que se pensassem, “oras, por que vou ter um plano de saúde se consigo manter minha vida saudável?”, não se sentiriam infelizes. É preciso pensar antes de qualquer coisa, antes de comprar, antes de falar, antes de ver, antes de qualquer coisa. Pense. Pensemos mais.

Por pensar, e que seja pouco ou muito, escrevo isso tudo aqui. E não estou mais tão intrigada com meu papel nesse objetivo de melhorar o mundo. Não. Sei exatamente o que tenho a fazer. Arte. Simples não? Rs. Arte... música... continuarei cantando e escrevendo histórias de amor, jornalisticamente ou não. Tocando não somente para alegrar as pessoas, mas para levá-las um pouco de conforto e paz. Um pouco mais de razão e mágica para se sentirem bem, e para contagiar os outros assim sucessivamente. E sei que não ganharei rios de dinheiro com isso, mas sei que será o suficiente. Sim, o amor suficiente para amar.

Agora sei por que os Doutores da Alegria tanto me cativaram, e Patch Adams também. Sei o que tenho de fazer. Sei. E diria a todos para pensar também e acharem seus afazeres, suas funções pra melhorar as coisas, pra melhorar o mundo, mesmo que isso pareça tão utópico, tão impossível. Pensem.


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Àqueles que querem conhecer Patch Adams, visitem:
Entrevista da Veja com patch Adams
Patch Adams & the Gesundheit! Institute
Comissão Organizadora do Patch - COPatch
Patch Adams, O Amor é Contagioso - o filme
Patch Adams - Wikipédia

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

mayra andrade

Uma garota que adorei conhecer sua música. Lindo, linda.

Uma jovem cabo-verdana nascida em Cuba que canta em crioulo cabo-verdano e que tem um pé no Brasil, pelos músicos que a acompanham e pela musicalidade, que na minha opinião, não fosse a língua passaria por brasileira.

Visite o site também.

carnaval brasileiro, oras

Me pego pensando e perguntando se sou realmente daqui, do Brasil. Talvez por não gostar tanto assim de carnaval, uma das coisas que identificam um brasileiro. Ou talvez por não ter lá um corpo escultural, rs. Ou ainda por não ser amante de futebol (torço mesmo só na copa, mas estou pensando em parar com isso também). Mas adoro caipirinha sim e feijão tropeiro...

Mas voltemos ao carnaval. Tanta gente fica o ano inteiro esperando os incríveis 5 dias (ou mais!) de completo esbaldar (em todos os sentidos, é claro)... Deve ser o tipo de música repetitiva e irritante, ou aqueles corpos suados todos relando uns nos outros... Não sei, mas não morro pelo carnaval, não mesmo.

Pra falar a verdade sempre sou pega de surpresa quando o carnaval chega. Primeiro pela data, que cada ano é diferente, depois porque me faltam amigos suficientemente animados pra me contagiar, rs. Nunca estou em um bloco e nem tenho fantasia pronta. Mas se quero sair abro aquele baú velho lá no sótão e tem tudo lá, desde cigana até gueixa, rs.

Na rua as coisas ficam mais tensas. Um mundo de homens ouriçados com suas latinhas e liquidos não identificados em recipientes diversos, pode ser um pet 2 litros ou mesmo aquelas mochilinhas de armazenar água de ciclistas. Então passa um bando de meninas gritando tresloucadas e fantasiadas de coelhinha da playboy. E eu lúcida alí no meio? aiai... "Moço, me dá uma cerveja bem gelada." E estou um pouco anestesiada.

O funk, o axé, isso tiramos de letra, mas aquelas cantadas nojentas e os olhares, isso é duresa. O jeito é não parar de andar pulando desgovernadamente sempre em bando de três ou mais pessoas. Procurar os vazios que dá na rua e pular ali no meio, correr pra ver a bateria de perto ou simplesmente sair andando.

O meu carnaval foi sempre do "Piranhas do Morro", se é que posso dizer, meu bloco do coração e de bairro! O melhor bloco caricato do carnaval de Sabará, e o mais engraçado com certeza. Uma das melhores coisas é sair só pra ver as fantasias daqueles que pulam com o bloco, cada uma melhor que a outra. Mas este ano não saí não. Aqui é só chuva e os ânimos não estavam (ou estão) muito alegres. Reservei esses dias para fazer umas gravações da minha banda, Fofoca Erudita. E fiquei lá no estudio armado na casa da minha irmã quando vim pra cá e recebi a notícia do maior desastre do carnaval sabarense.

Na noite de sábado, um carro de som perde o freio numa ladeira e atropela 14 pessoas matando 2 crianças. Me senti no vazio com a notícia. Talvez por ter uma sobrinha com a idade das garotas ou pelo fato de ter sido num local tão ícone da cidade, cheio de lembranças boas, e cheio de gente conhecida. Triste, muito triste. Então no dia seguinte o carnaval mudou e uma certa nuvem tomou conta daqui. Não para de chover. Os carros de som foram proibidos pela prefeitura e o trajeto dos blocos também sofreram alterações.

Carnaval é bom, mas as pessoas esquecem de que aquilo ali num é um sonho, é vida real também. Não é por que estão alcolizadas é que tá tudo bem e tal... Tudo tem consequencia, tudo tem risco, tudo é real. Não tô botando a culpa em ninguém, mas é que paira uma certa inconsequencia nas pessoas durante esses dias.

Na verdade, fora as catástrofes, concordo com a Jaya a respeito do carnaval. E a sorte minha é que aqui o carnaval é de rua e meio rústico comparado aos trios elétricos da Bahia, que de certa forma tenho lá minha curiosidade de conhecer, rs.