terça-feira, julho 31, 2007

elsa & fred

Ví essa película há alguns dias e enrolei para comenta-la até ainda.
Um senhor, uma senhora. Ambos sós. Mas por pouco tempo... rs.
Depois de assisti-la um momento de ternura me arrombou o coração sem poder nem segurar um "ai que lindo" à plateia ao lado. E se minha velhice eu pudesse escolher que eu fosse como Elsa, mas dizendo a verdade estou mais para Fred...

Eis um boa visão de 'melhor idade', lição de vida [por mais clichê que pareça a frase!], mas um amor de história com certeza! Incomum de se ver nas telas. Gracioso e tão alfinetante. A velhice é algo que se vive realmente hoje. Digo, nossas espectativas de vida aumentam a cada ano. E ser velho não é brincadeira... Ái Elsa, que saudade já.

Sobre a história nem vou comentar, deixo-lhes o encardo de conferir. Só aviso, não desiste se nos primeiros 20 a 30 minutos for meio chato. A trilha sonora é linda. Os atores surpreendentes. A fotografia, tudo... um gosto.

Elsa & Fred

segunda-feira, julho 30, 2007

Declare independence and make your own flag!


Seus trinta e três anos se afogam na água da bacia onde mergulha a cabeça toda manhã. Água gelada como o orvalho. Ali foge do mundo da casa, da família.

Seus trinta e três anos acumulam na barriga quando assiste o jogo na tv 29 polegadas. Ninguém toca no celular. O cheiro de carne moída da cozinha. O chinelo arrastando casa afora. Rosca de leite com café quente. Idas no supermercado e feira.

Seus cabelos ralos de trinta e três anos descem ralo abaixo. Banho demorado. Sabonete branco. Creme de barbear e leite de rosas. O mesmo pentiado.

Seu suor é de trinta e três anos. O futebol cada vez mais exigente. Colegas mais novos. Bolas mais novas. Gramado artificial. Sem torcida. Carro sem carona.

Viver com os pais é xadrez e chinelos. Sofas antigos. Quadros velhos. O de sempre em trinta e três anos.

Volta declare independence Björk

sexta-feira, julho 27, 2007

what i'm listening...


Silverchair - 'Reflections Of A Sound'

Silverchair - 'All Across The World'

[prefiro o ao vivo que o clipe, que é, digamos, desinteressante, pelo menos para mim... mas quem estiver muito curioso: clipe]

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Aproveitando a deixa, Young Modern, o mais novo moderno do Silverchair; faixa por faixa:

O álbum abre com Young Modern Station nervoso como o tradicional Silverchair pesado e melódico. Boa de se ouvir num dia em que esteja puto com alguma coisa, de preferência num dia de sol e que te dê ânimo de pular e bater cabeça, mas só um pouco, ok?!

Straight Lines é o single cheio de uhus e pianinhos bem salientes. Um pouco grandiosa, serviria para um mega show com fontes de água que subiriam nos altos da canção. Gostosa para dançar sozinho num dia normal.

If You Keep Losing Sleep é uma das mostras do que Daniel Jones pode fazer com uma orquestra atrás de si. O arranjo é incrível. Daria certo pra um filme de espião. Sinistro e lindo. Incomoda nas mudanças de tempos, mas perfeito nas transições com a voz anormal de Daniel, os xilofones e tarol.

Reflections Of A Sound é pra te pegar de primeira. Ouvindo junto da pessoa amada pode rolar uns amassos e beijos apaixonados. Balançando a cabeça de um lado pro outro ou grudado em quem quiser. E pra finalizar a última especialização de Daniel com seus uhus... É de ficar com um sorriso de fundo.

Com três atos Those Thieving Birds tira a obviedade das coisas, assim como Tune In The Brine do Diorama. Um orquestra incrível novamente fazendo as nuvens por onde andam Daniel e os passarinhos. Com um clima e o vento levou passando para um iupapa de um rock redondinho transformando depois para um novo moderno espinhoso. Completo e incrível. No final amável como um vôo suave de pássaros.

That Man That Knew Too Much é um rock gostoso. Pode estar bêbado ou não, vai curtir como deve-se. Me lembra algo das mandas de rock dos anos 70, cheia de sedução e tal. Mas as melodias não ficam pra trás e ainda tem uhus.

Wainting All Day é quase o embalos de sábado à noite da cadeira de prata. Bom pra bailes de debutantes ou festas da época de ouro. Redonda e doce como um brigadeiro. Dance colado nele ou nela. Declare todo seu amor e aproveite. Caberia numa trilha sonora de um desses seriados teens quando os relacionamentos se resolvem ou não, normalmente é sempre no final dos episódios.

Mind Reader é o rock mais rock. Mais 70's e é isso ai! Encaixaria para aqueles que curtem um rock com cerveja. Coloque no último volume e pule e gaste energia bastante!

Low são os besouros sentimentais. Um rock tradicionalmente balado. Também caberia num seriado teen. Os uhus denovo e pianos salientes e solinhos de guitarra bem suaves. Pode lembrar algo dos arranjos do Kid Abelha.

Insomnia é enérgica para dias ensolarados e toda energia para acompanhar os vocais. Itens eletronicos fazem ser quase para boates. Não me encantou mas cabe perfeitamente no set list.

All Across The Word é daquelas que te tocam mesmo sem entender nada da letra. A orquestra complementando tudo, o coral no refrão, as vozinhas de criança e as palmas quase imperceptíveis. A liberdade toda ali, parece que tudo vai acontecer na canção, Daniel faz o que quer e fica incrível. E o refrão é aquilo que todo mundo tem que aprender na vida... irônico por alguma obviedade.

Mesmo sendo uma crítica não profissional e feita por alguém tão passional vale a pena pelo menos testar. Ouça arrumando a casa, fazendo caminhada, tomando banho ou folheando uma revista. Seja como for ao menos duas ou três canções te cativam.

* nota de rodapé : Há muito tinha dito aqui neste espaço que, na época, se algo poderia me surpreender ainda este era o Barbatuques. Com essas palavras fiz críticas virem à tona e tentei algumas vezes, talvez em vão, explicar-me. Faço-me agora. Época, fase, tudo isso vai e vem e nós achamos as coisas e dizemos "com certeza". As músicas, pessoas e os dias continuam me surpreendendo e tomara que sempre seja assim, pois quando não for, e não sendo fase minha, estarei tristemente nos finalmentes. Digo não só por que Young Modern me surpreendeu mas para não ficar sem dizer, e mesmo que já seja tarde.

domingo, julho 22, 2007

madure


"Não sei dizer o que sinto". Essa frase era tão recorrente no seu vocabulário que quase não sabia dizer outra coisa quando pressionado. Foi a última coisa que disse quando foi vê-la na última folga. E por mais que seus olhos enchessem d'água não derramou uma única gota. Ela não pôde fazer nada além de deixa-lo ir sem nem mesmo discutir aquilo tudo. A porta se fechou e estava pro mundo novamente. E seria mais fácil se ele soubesse o que sentia, mas não estava mentindo, a mente num rebuliço e a pessoa totalmente sem rumo.

Quando jovem sabia que o mundo era tão grande e de tão grande teria muita coisa pra fazer durante toda vida, já que sairia por aí viajando e conhecendo tudo. Tinha seus vinte e pouco anos e já sabia de muita coisa. Era valente e sabia como lidar com as adversidades. Tudo quanto fosse problema ele sabia como resolver. Aspirinas na mochila, um pouco de uísque e pé na estrada. Tinha dias porém que aquele fervor todo baixava o faixo e como de clarão o vazio vinha forte e impiedoso. Noites em claro. Sonhos conturbados. Vazio. O que fizera da vida até ali num tinha trago ainda a satisfação de viver por viver. E o que devia fazer ele não sabia. Tamanha energia e valentia não lhe serviam de nada agora. Completamente solto no ar. Completamente só.

Se lembrou então um dia das coisas que deixou para trás. Um quarto bagunçado, um pai ranzinza, uma bike manca, livros e partituras e algo do qual nunca se esqueceria, ela. E era por ela que não dormia. Ou era isso que entendia. Entretanto, e como que por encanto, percebeu como a vida o via. E amarrado no emaranhado do amadurecimento se encontrou. Responsabilidades, dinheiro, jogos de interesse. A juventude por onde andara?! Se esvaía. Por aquele buraquinho chamado tempo...

Realmente não sabia o que sentia. Ou talvez não sabia o que fazer da vida. Ou era a vida que fazia dele o que queria. Com o coração na mão respirou fundo. Os pés gelados não o impediriam. Cento e oitenta graus e a campainha. Um novo rumo e pronto, se encontrou no que sentia.

d*_*b .: Seal_"you ar my kind" [in seal's winamp set list]

sexta-feira, julho 20, 2007

. l u t o .



17/07/2007 . 19h . SP . TAM . vôo JJ 3054 . Airbus A320 . 190 vítimas fatais

. em respeito àqueles .

domingo, julho 15, 2007

ai lua mua

talvez tenha cansado de mim
ou cansado de todo mundo
mas isso é menos provável

o mau humor
a irritabilidade
coisas da lua

mas a lua muda e eu a mesma
sem querer o mundo
querendo tudo

faço nada do que sonho
é o medo?!
sonho num pode ser real,
se não...

há planos de todos os planos
mas, para tanto nada faço
só planejo

será eu?
será o que?
essa lua que me pegou em cheio...

terça-feira, julho 10, 2007

dicas

Uma das dicas do blog do Howes é "I'm from barcelona"... gostei. rs

comprei um pandeiro

O título já me diz, comprei um pandeiro! Fui no Mercado Central de BH e comprei o pandeirinho de couro sem regulagem numa loja de instrumentos afro-brasileiros destinados a capoeira. E to aprendendo com Marcos Suzano pelo you tube e dvds do Gilberto Gil... É muito bom. Prum gostinho, bem rapidinho, segue a seguir os seguintes:



quinta-feira, julho 05, 2007

novas

Minha mais recente aquisição sonora é Disco Paralelo do Ludov.

Não quero deixar enraivecidos os fãs nem a banda, mas devo falar minhas considerações de primeira vista a respeito. Ouvir Disco Paralelo foi como ouvir Quatro dos Hermanos depois de viciar-me em Ventura e Bloco. Meio banho de água gelada no verão ou morninha no inverno. Pode até agradar em alguns momentos, mas no todo é incômodo por ser insosso, sem graça, desernégico. Me pergunto, a depressão pegou esse povo? Ou é uma crise do diet/light?! As guitarras levemente pesadas e os ritmos enérgicos pra onde foram? Vieram baladinhas de se ouvir antes de dormir ou quando se sente muito só nesse mundão. As letras continuam boas, menos despreocupadas acho. Mas onde foi parar aquele Ludov bacana que eu gostava? É isso né... mas continuo ouvindo-o paralelamente.
[vamos salvar a "Urbana", sim, isso é aquele Ludov]

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O 'concurso' 7 Maravilhas da Blogosfera deu o que falar no mundo blog. 461 bloggers votaram. 2043 blogs votados. E tudo isso sem qualquer prêmio para aquele ganhador. Somente mesmo o prazer de indicar o seu blog favorito e torcer para que seja favorito também de muitas outras pessoas, ou pelo menos que isso possa divulga-lo por aí.

O mais peculiar dessa história é que este evento virtual foi idealizado por uma portuguesa para que essa escolha das sete maravilhas ficasse em território cibernético lusitano, porém vasou pelo mundo e foi parar no continente americano além dos visinhos espanhóis. E como as votações brasileiras foram muitas a '100 sentidos' resolveu criar a categoria "7 maravilhas da blogosfera brasileira" assim como uma categoria para os espanhóis.

E isso tudo me veio tardiamente a saber. Não deu tempo pr'eu fazer minha votação oficial, portanto não pude divulgar os colegas e falar do meu gosto blogueiro. Vai aqui minhas sete maravilhas:

muitos desenhos _ da sem fronteira mariana massarani
vida pública _ da decidida maria renata
pensamentos circulares _ das boas dicas ala Howes
protozoário _ poético e profundo
eh só saudade _ da amanda bia e seus sentimentos
eduardo albini _ e suas cores vivas
desova diária _ a crítica bad trip

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Novo meio auditivo na net é o Mondo 77 fm.

É um site de relacionamento entre artistas, bandas e ouvinte. Com comunidades, redes de contato e até radios on line. Lá você pode ouvir canções gratuitamente, fazer o download de algumas, fazer sua prórpria rádio, ver a agenda de show das bandas cadastradas. E qualquer um pode ter acesso a isso tudo, inclusive as bandas e artistas que quiserem disponibilizar suas músicas no site, pois não precisam ser vinculados ao selo Mondo 77.

Lembra-me nossa querida Trama Virtual com toda sua acessibilidade. Mas tem mais recursos como um site relacionamental ala my space ou mesmo um orkut com musica. [nem tanto, rs]

terça-feira, julho 03, 2007

terceira semana

Não é que eu esteja com preguiça meus caros, mas umas condições de saúde me impedem de ficar muito tempo diante desta máquina. Por essa questão anuncio uma pequena muita mudança no meu estilo de diário de bordo desta terceira etapa da turnê MBC 2007. Então usarei a técnica milenar do uso de tópicos, em que somente as coisas mais importantes são colocadas no papel, no nosso caso é na rede. Assim abreviarei momentos de dor lombar, desconforto para momentos de tosse descontrolada [e neurótica] e cansaço da retina fatigada. Sem mais delongas, eis:

26/06 Ituiutaba
28/06 Monte Carmelo


segunda:
- Saída belorizontina às 8:20 am. 11 de viajem. Chegada a Ituiutaba por volta das 19 horas.
- Jantar. Frio incomum. Quarto desconfortável. Barulho de vizinho incomodando. Dores no corpo.

terça:
- Noite mal dormida. Encontro às 10 matinais na praça do evento. Muito vento.
- Noite sem vento. Espetáculo internamente errante e engraçado. Jantar descontraído e farto demais.

quarta:
- Noite mal dormida. Dores no corpo, febre. Viajem, 3 horas de. Febre. muito mal estar.
- Monte Carmelo com direito à placa "bem vindos". Hotel novo, cheirinho de novo. Dormir o tempo que for possível. Febre controlada.

quinta:
- Sono bom. Banho demorado. Rumo à praça. Tentativas quase todas frustradas na feitura de uma canção de despedida. Montagem sob sol de meio dia. Tudo certo para a noite.
- Elenco sensível e nervoso. Espetáculo quase perfeito. Atriz passa mal e vai parar no hospital. Jantar despedida. Música com êxito. Muita conversa nova. Cama tardia.

sexta:
- Sono quase muito bom, dores no corpo e tosse. Falta água no hotel. Banho rápido. Café rápido. Estrada.
- Viajem 6 horas. Parada em BH no espaço para descarrego de material.
- Chegada cambaleante em Sabará às 19:00 h. Muito cansaço. Resfriado, o retorno.

Balanço geral: Boas terras as do triângulo! Tudo tão plano, o que é raro demais por aqui. Calorzinho maneirado com o frio. Tudo bem tranquilo. Agora um pouco de descanso na movimentação geográfica e recuperação respiratória.