terça-feira, novembro 28, 2006
nervos de aço


de Mariana Lima - 13:16 0 disses
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quarta-feira, novembro 22, 2006
conto do vigário
Bom, primeiro eu pensei em escrever ou transcrever um dos meus contos. Depois eu lembrei dessa expressão 'conto do vigário' e me perguntei de onde vinha isso e qual o significado original. Não consegui me responder e a pergunta foi perdendo força como são com as perguntas despretenciosas e irrelevantes, apesar d'eu ter algum interesse curioso nisso. Então com a palavra vigário me lembrei de alguns padres dos quais me fiz saber de suas vidas.
de Mariana Lima - 20:54 6 disses
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segunda-feira, novembro 20, 2006
agressividade
HOJE VAMOS FALAR SOBRE MODA!!
Você já ouviu falar sobre uma banda relativamente nova que está fazendo sucesso até no estrangeiro? Calma, eu falo o nome. 'Cansei de ser sexy'. Permitam-me um comentário, puts que parildas! O trem é ruim de com força! E conheço uma pá de gente que gosta disso... Vai entender?
Entre as modas não posso deixar de citar algumas coisinhas:
Sabe o calor de verão quando faz-se 35 graus, e você se encontra em tal situação, a maiorira delas em lugares públicos e debaixo do sol, que o seu maior desejo é de tirar toda aquela roupa e ficar curtindo um nu refrescante debaixo de uma sombra de árvore? Áh, se estiver dizendo que não tem vontade de fazer isso é um puta mentiroso! E então você olha para todos os lados à procura de não sei o quê para aliviar aquela sensação e adivinha o vê? Puts! Pessoas de preto, coturno, cabelos tampando toda a ventilação possível nos lugares mais quentes, assim como a nuca. Então você olha para aquelas pessoas que passariam um ótimo inverno ou outono vestindo tais roupas e simplesmente sente mais calor! Dá pra imaginar? É um terror psicológico. Àh........
Mas no fim, à tarde, por que ainda estamos em tempos molhados, cái daquelas chuvinhas gostosas e você finalmente se refresca. Ô delícia. Eis a recompensa.
de Mariana Lima - 15:29 3 disses
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sexta-feira, novembro 17, 2006
questão
por que o tubarão não abraçou a baleia?
por que ninguém filmou.
de Mariana Lima - 20:10 3 disses
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algo passa
o que é isso que me afeta?
o que me ocorre?
o que me passa, ãh?
onde não se toca
onde não se ouve
onde não se cheira
onde se sente muito
algo infinito
indefinido
incorrigível
inteligível
um embrulho estomaco
dor incéfala
pouca fluencia vascular
fotosensibilidade
algo passa
algo me intristece
e me torna assim,
distante até de mim.
de Mariana Lima - 19:26 0 disses
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terça-feira, novembro 14, 2006
interrogativa
foto Mariana QLima
chega de citações
de referências
será que ninguém faz algo novo?
não se pode inventar?
trocar as bolas da vez
parecer louco
falar bobagem
mas só pra não dizer
o que todo mundo diz?
será que tá tudo inventado
num tem ninguém criativo por aí?
o que você está fazendo?
pode variar de página
de vida
de olhar
de fala
escreva o que nunca escreveu
diga a sua opinião
não tente omiti-la
pois ficará mais evidente
o quão parcial pode ser
pode por favor ser alguém autêntico?
falar do que pode ser um dia
em vez de falar somente do que já foi
poderia sonhar mais?
criar futuros pros personagens
colorir a lápis esse painel
encher de chocolate as lacunas
tomar banho de banheira com muita espuma
tomar refrigerante de canudinho no formato do mickey?
pode por favor comer a nova marca de biscoito
sem dizer que aquilo é plágio?
pode parar de comparar um pouco as pessoas?
pode parar pra ouvi-las a voz?
pode por gentileza tirar os pés da mesa
e limpar a sola na soleira?
pode às vezes pedir por favor
e agradecer no final?
sorrir como se o dia estivesse claro
e você encontrado um lindo amor?
poderia tomar água num copo de vinho?
pode falar por si só?
pelo menos uma vez na vida!?!
pode falar por si só??
ou um dó mi lá sol...
mas pelo menos canta a tua fala pra ficar mais bonito.
...
escapuliu.
se te machuco vê se estanque o nó da gravata.
mas pode por favor sair de perto?
de Mariana Lima - 14:39 3 disses
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segunda-feira, novembro 13, 2006
volver
de Mariana Lima - 19:27 0 disses
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sexta-feira, novembro 03, 2006
conto

Ele ainda sorri e na verdade pensa no que dizer. O assunto se desvia e anda meio torto por segundo vagarosos. Alguma descontração é instalada pela força. Um zoa. Outro ri. Meu riso nem sei mais quer cor tem. Faço de novo a pergunta anterior. Digo minha proposta de solução. Quase começo a devagar possibilidades, mas antes de minhas veias subirem pela positiva exaltação ele solta suas palavras. E agora sim, é como se eu estivesse tonta e fosse cair por nocout. O Segundo com a voz pausadamente, e escolhendo as palavras para parecer óbvia sua decisão e postura quanto ao caso, diz. Diz que seus horários vãos mudar e que menos tempo terá para se dedicar às nossas atividades. Desiste de continuar mesmo antes de sentir a perda. Talvez já soubesse.
A conversa foi se virando e revirando. Uns diziam do passado íntimo, outros falavam do acaso. A nostalgia e o prazer fugaz do último show foi relembrado e criticado em todos seus aspectos e detalhes. Ali sentavam não mais pessoas com elos profissionais, mas sim quatro descompromissados amigos de primavera. Aqueles com os quais talvez nunca mais encontrarás nas mesmas condições, mas um abraço darão e juntos relembrarão desses tempos. Esses tempos que por mais sacrificados sejam para uns, foi de grande agrado para todos.
de Mariana Lima - 15:55 0 disses
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quarta-feira, novembro 01, 2006
candomblé e fotografia
Assisti. Não sei se é um filme sobre fotografia, sobre o fotógrafo ou a respeito do candomblé. Sobre tudo um pouco, resumo e atesto. Fatumbi era um curioso da cultura negra e um curioso respeitado. Futucou e se adentrou no candomblé como provavelmente nenhum outro branco conseguiu fazer. Conviveu com personalidades importantes religiosas da Bahia e dum lugar da África que se situa no Golfo de Benin. Foi iniciado e estabelecido na crença. Detinha outro nome e outro significado. Era amigo de reis e babalaôs e babalorixás. Sempre empunhando sua máquina fotográfica registrava deuses e pessoas. Uma figura!
O filme é apresentado e narrado por Gilberto Gil. Trilha de Naná Vasconcelos. E uma ótima fotografia. Não podia sair ruim nem que algo trágico acontecesse com algum destes.
Aprende-se mais sobre o candomblé do que em qualquer outro meio. Será? Acho

Parece que esse crer está a me seguir nos últimos tempos. Veja que quando aluguei o filme foi com o interesse pelo fotógrafo e não pelo assunto das fotografias em si. Ao ler a revista Piauí me deparei com uma curta reportagem sobre as baianas evangélicas em porta de igrejas evangélicas vendendo o "acarajé de Jesus". As baianas, aquelas com bata e saião, típicas vestimentas do sagrado, reclamam de tamanha intromissão na profissão, "se o acarajé delas é de Jesus, o nosso então só pode ser do demo?!". Há uma espécie de sindicato das baianas, a Associação das Baianas de Acarajé e Mingau, e ele determina e delimita as condições para a venda do acarajé. É preciso usar as roupas, colares e lenço na cabeça de acordo como a religião rege a regra. O que acontece é que em Salvador há 5 mil pessoas fazendo acarajé e somente 450 são registradas e em dia com a lei. Então entre elas há uma regra, as evangélicas que vendam seus acarajés de Jesus na porta de suas igrejas para crentes que crêem num Deus e comem comida de outro e as 'verdadeiras' baianas vendem no pelourinho. Uma das matérias mais interessantes que lí nos últimos tempos. Inusitada e descompromissada.
Ainda me lembro de uma colega de escola. Neta de libanês e com toda a genética para comprovar isso sempre dizia que "queira ter nascido negra". Uma das poucas pessoas que em toda minha vida eu vi pronunciar tais palavras [ a não ser um filho de japonês que era da minha sala e tinha amigos do funk ]. Um dia fomos com a escola numa exposição no Palácio das Artes sobre a cultura africanas. Vestimentas, objetos de guerra e de senzala. Fotos [muitas que deviam ser do Verger ] de indumentarias enormes africanas e pessoas e mais pessoas. Eu via seus olhos brilharem ao ver tais. Pronunciava nomes a mim desconhecidos. Nomes de deuses, espíritos, objetos. Era tudo muito diferente para mim, mas muito triste. A maioria, talvez metade das coisas, eram remetentes ao tráfico negreiro e toda a crueldade da prática. Mas fora isso, o candomblé ainda me incitava a imaginação e atestava minha ignorância.
de Mariana Lima - 07:05 1 disses
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