minha ânsia
fome por algo que me abale o badalo lógico do raciocínio que postula o mundo racional que nos envolve no dia a[pós] dia.
anseio por transformação através de algo que me faça mudar a rota, me faça enxergar as novas cores que preenchem o espaço.
não que esteja ruim, mas é que já vejo o fim do fio tênue de uma fase que se anuncia como finda, esgotada, massacrada pelo tempo.
preciso do choque, do susto, da estupefação consciente e latente numa sessão catártica de profundo mergulho.
preciso do não do óbvio, da porta aberta me revelando os poréns que ainda não vejo.
preciso de um jeito de me desvencilhar dessa toda a temperatura morna e confortável, lastreada do bem estar do não esforçar os músculos e apenas receber a ordenação da vida.