sábado, março 31, 2007

Logo, cloncluo:

Chego à conclusão unilateral dos últimos tempos : não gosto de pessoas estritamente profissionais. Da primeira à última frase só se fala do trabalho e de assuntos profissionais. O 'bom dia' é de acordo com a hierarquia. As gentilesas são de acordo com os interesses. Não que isso seja estritamente profissional, mas é que hoje essas relações estão permeadas destes pequenos fatos.

Indo mais além, dentro de casa e nas conversas com amigos o trabalho não sái de pauta. Até quando reclama a culpa é do excesso da labuta. Viver e trabalhar. Viver para trabalhar... Trabalhar pra viver não é mais o interesse primitivo. Comprar o carro mais bacana, a roupa mais legal, o tênis que absorva mais impacto (e mesmo que não precise!), a bolsa da estação, o celular mais evoluído tecnológicamente, etc, etc... e não acaba mais. Compra-se do trabalho... trabalha-se para comprar.


Conclusão 2.0: Talvez por eu ser um ser pobre e não pertencer à classe assalariada (ou seja, não esperar o dinheiro no fim de todo mês... logo, não saber se vou ter... nunca saber!) tenho essas idéias. Entretanto não restritas a mim e/ou àqueles de mesma condição vivente.

Conclusão 2.1: Dou mais valor às relações inter-pessoais do que às estritamente inter-profissionais. Logo, quem trabalha comigo tem ao menos um nível sutil de pessoalidade com minha passoa. E somente àqueles que não combino (coisa de energia e empatia, sabe) mantenho-me restrita à profissionalidade.

Conclusão 2.2: O ser humano antes de ser trabalhador é e sempre será um ser humano. É isso.

terça-feira, março 27, 2007

prece

é meu pastor e nada me faltará!

humor meio reverso


que humor é esse?
rindo das tragédias
esse riso banguelo
que ri de se ver cair
gargalhada estravagante
e sabendo da própria merda
como se fosse assim normal
e bom assim a perda
um fora, um tombo
desgraça cotidiana
a tua graça se faz
apesar das desgraças
um erro um riso
que humor é esse?
não que goste de sofrer
mas inevitável o riso
pra fugir
só fugir daquilo que
não consegue enfrentar
ri... ria.

domingo, março 25, 2007

rebate-deira

rebatendo a Maria Renata

Meu espanhol é meio deficiente [mal compreendi seu último post] , mas rebatendo o teu comentário:

Sem desvalidar suas palavras, mas andar um caminho só acho que a gente sempre anda, pois num tem jeito de andar vários caminhos juntos. Digo, fazemos escolhas tais que resultam num caminho só, e sim, muitas vezes não é o caminho que mais nos agrada daí fazemos outras escolhas e mudamos a rota, a direção. Entretanto o caminho é um e pronto. E essas direções é que temos de tentar, não é? Sempre mudando. Porém, creio que alguém em algum lugar numa época qualquer já conseguiu tomar um rumo sem mudar a rota nunca... quanta segurança! E esse talvez tenha encontrado aquele que ele sabe bem que é.

É isso que eu queria pra mim
saber do início ao fim.
Sem pestanejar, lamentar
sofrer ou especular.
Ter certeza e só acertar.
Não errar nunca
e só curtir...

Mas sabe-se, a felicidade não é normal, e nem a certeza!

No final acho que falamos as mesmas coisas... Podemos dar um dãr pra mim ou continuarmos os devaneios... rs

quinta-feira, março 22, 2007

fundo de cá

pois é
nem sei
o sentimento é meio vago

nem sei se é amor
mal correspondido
tamanha a vontade de amar...

pois é
nem sei
pressentimento meio vago

mal sei se é solidão
e não ter ninguém
tamanha a vontade de me juntar

ái meu caso esse!
marasmo esse meu...
e mesmo com tudo a fazer
e todos envolta
"eu preciso andar um caminho só
vou buscar alguém que eu nem sei quem sou"

e apesar de minha alma estar cinza
e apesar de mesmo sem eu querer
coloro pra não parecer
que estou amarga preto e branco

segunda-feira, março 12, 2007

tempo

Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó, pai, o que eu ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei

Apesar de tudo e de todas as coisas [ai, adoro essa frase...he]...
não, não é por aí que eu ia começar...

Apesar de todas as aflições [melhorou...]
ái essa nova vida...
O tempo que me falta
e o amor que tirou férias.
O dinheiro que me tarda
e a conta que emagrece.

Ao menos,
e apesar de todas as outras coisas [hehe],
ô coisa boa:
a arte continua correndo nas veias
e o bom é que corre ligeiro.