sábado, abril 28, 2007

hypólita

Na última quinta foi o dia mias louco dos ultimos tempos. Sem falar na semana toda que antecedeu este dia. Foi nossa primeira apresentação com um público respeitavelmente grande e com todos os adereços cenográficos do inicio ao fim. As músicas todas trabalhadas. Trabalhamos muito para finalizar o cenário, os figurinos, todos ajudando no possível. Na quinta chegamos cedo no teatro para montarmos tudo e com calma. Nossa acabamos de montar faltando no máximo uns 15 minutos para o horário de inicio da peça. Quanta trabalheira!

Então as luzes se apagaram e a minha cena era a primeira e... meu Deus quanto nervoso. Minhas pernas tremiam e não sabia pra onde olhar... a voz quase embargou e os dedos suavam levemente. Mas logo avistei conhecidos nas primeiras filas. Ahá! Fiquei olhando só pra eles... e foi correndo assim, fluido apartir daí... ótimo. No fim, muitos abraços e elogios, tudo o que a gente precisa depois de muito trabalho!! Muito bom mesmo! Espero repetir isso muitas vezes com o mesmo público e outros e outros... hehe.
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Pô, apenas com três meses para criação e preparação desde elenco ao cenário e etc, daí eu penso, nós somos loucos mesmo! Trabalhar com gente superativa assim num é pra qualquer um não. E, talvez, se num fosse com um prazo tão curto não teria saído tão bom assim. O que dirá meu chefinho, O Diretor, rs. Mas é bom, tá sendo muito bom...

quarta-feira, abril 25, 2007

últimas

Ensaios
Desde quarta da semana passada não paramos. Arrumar cenário, adereços, cenário, adereços... pintar, colar, costurar, medir, tudo tem que ficar certo pra estréia! Ah, a estréia! Que frio na barriga, taquicardia, suadôr na mão! Que nervo e aquela velha frase "meu, fala sério!"... Estresse pra tudo quanto é lado. Diretor, jardineiro, advogada, andarilhas... Exaustos até o limite vamos embora sempre tarde, nem tanto pro pessoal conseguir pegar o metrô, mas tarde demais pra acordar no outro dia às cinco e meia da matina. Ensaio geral e as músicas estão meio levitando na boca dos atores. Ài meu Deus. Calma, vai dar tudo certo. Agora é descançar bastante, repassar minha parte e partir pro palco. Os nervos a gente dá um jeito...
Peça
Cia de Yepocá apresenta: "Hypólita - uma história de amor" . Pra quem ainda não sabe, a minha peça estréia agora dia 26, quinta, no teatro Francisco Nunes em BH às 20:00h, entrada franca. Quem estiver na cidade aproveite por que só vamos voltar a apresentar aqui só em agosto. No meio tempo vamos fazer uma turnê pelo estado de Minas Gerais pelo projeto Mercantil do Brasil Cultural. Vou colocando as datas e as cidades periodicamente aí ao lado superior direito da tela, é só acompanhar e ir quando der. Só o que posso dizer é que é uma comédia deliciosa e para todos os gostos e idades. Aproveite.
Pausa
Eis um comunicado meio desconsertante, os Los Hermanos deram um tempo. Ontem foi no site oficial, hoje está em todos os noticiários. Alguns lamentam, outros bradam revoltados com a situação da música brasileira e a falta de bandas tão boas similares, outros apenas dizem "nossa", outros ainda mal se preocupam, "aqueles da Ana Julia né?!", e outros que tentam entender mais afundo, teoricamente falando, a razão de tamanha atitude. Os fãs loucos quase entram em desespero e eu penso, "antes avisar que deu um tempo do que a gente fiar esperando cd novo pra eternidade...". Pode parecer engraçado, mas eu acho até bom os caras terem feito isso, por que aí a gente vai poder conhecer os dotes de cada um fora da banda e isso é muito enriquecedor. De todo, e por fim, o que se pode fazer não é? Só sei agora que não vou a nenhum show dos Los Hermanos esse ano mais...

sexta-feira, abril 20, 2007

cachorro também é gente

Minha cachorrinha, que nem é tão cachorrinha assim mais, é uma graça.
Outro dia eu estava a ir por alguma ração para ela.
Ela, ao me ver, saiu correndo pelo mato do quintal e eu fiquei sem entender.
Mas esperei que voltasse para fazê-la o último carinho.
Então vem correndo toda desajeitada meio de banda com uma meia maçã na boca.
Coloca as patinhas encima do portão com a fruta na boca me mostrando aquilo.
Aquela fruta que tinha ganhado mais cedo para se deliciar.
Áh, ela adora frutas!!
E veio me mostrar aquela tamanha preciosidade do dia.
Eu quase morri de tanto orgulho, como uma mãe morre quando o filho dá o primeiro passo.
Era tão linda a cena e eu adorei aquilo.
Fiz muito carinho nela e depois ela foi dormir tranquila.
Minha cachorrinha é tão linda...
Ai ai...

domingo, abril 15, 2007

violins - ' why? '

... até certo ponto um pouco de beck, ou jeff buckley? ...

áh vai! A n d r e w B i r d ! !

quarta-feira, abril 11, 2007

minha personalidade?

minha pessoa costuma ser meio complexa às vezes, assim como todo mundo, creio. e apesar de não conter as fotos mais adequadas foram escolhidas as mais próximas, claro. foi meio que passar o tempo mesmo, distrair, já que num fui à aula hoje...

quarta-feira, abril 04, 2007

mania de escritora

Nunca me senti uma escritora. Sempre tive muita dificuldade em discorrer sobre um assunto por folhas e folhas. Daí me auto defini, também como uma forma de me justificar, como concisa e simples [tudo bem, nem todas as vezes sou simples... mas...]. É verdade que poucas pessoas ouviram ou leram isso de mim. Prefiro não me definir em hora nenhuma, mas é imprescindível quando nos auto avaliamos e queremos algumas respostas...

Uma vez fui escrever um texto prum concurso desses que tem por aí. Uma das premissas era de que o texto teria de ter dez páginas. Minha vida de escritora era tão curta e relapsa que o desafio foi muito grande. Tudo bem, eu não sabia disso e mesmo assim assentei-me em frente à tela e usei toda minha criatividade para discorrer sobre o assunto, que diga-se de passagem não fui eu quem o escolheu, claro, era um concurso. Como mal consegui preencher as dez folhas foi daí que me veio a idéia de que eu nunca conseguiria escrever um romance. De que só sirvo para escrever pequeninos contos, e nada mais. Ainda penso assim, mas talvez seja mais pelo fato de que não tenho muita paciência de ficar parada em frente à maquina simplesmente escrevendo.

Sabe, sempre escrevi quando me dava vontade, sem aquela obrigação [seja qual for...]. Escrevia simplesmente para me esvaziar, colocar coisas no papel tais que não saía falando por aí, coisas que não teria com quem falar. Escrevia poemas depressivos demais para conseguir ler depois. Contos estranhos como filmes do Tarantino. Escrevia, escrevia, sozinha no meu canto, fosse na sala de aula, fosse no meu quarto em casa. Uma caneta tinteiro preta que sempre entupia, um papel, fosse qual fosse. Escrevia assim e minha adolescência esvaia-se junto com a tinta preta. O bom, ou menos ruim, é que esse meu estilo foi por um tempo curto. Com quatorze anos a gente é meio boba demais sabe.

Então permeei-me no mundo virtual com um blog. Fui abandonando a caneta, mesmo por que ela não desentupia mais e não tinha mais a vontade de me recolher aos cantos para ficar escrevendo pensamentos depressivos. Descobri outras coisas, assim como a poesia inventiva. Como eu nunca consegui entender as vertentes literárias, inventei meu estilo de escrever, tal que deve se encaixar logicamente em algum estilo, mas que eu nunca me dei o trabalho de descobrir ou limitar-me a este. Afinal, como uma forma de arte se limita em estilos? Digo, a arte é libertadora ou não? Ou escrever literatura não é arte? É como na música, aquele que se limita a um estilo só musical é besta, por que é justamente limitado demais para criar coisas novas. Artista que é artista não se limita, ora. Ele pode sim ser classificado dentro de um estilo, mas isso só depois de todas as obras feitas e avaliadas. Creio que ele não se preocupa com isso ao fazer, creio que nem se preocupe com isso nunca. Quem tem esse encargo são aqueles coitados dos críticos de arte.

Não tenho qualquer pretensão em me determinar como escritora. Estudo jornalismo e isso é o bastante para me fomentar a escrever e enfim escrevinhar. Tudo bem que nessa função a gente escreve muita coisa que não quer. Sobre assuntos que não nos interessamos e que não vemos quem se interesse por isso, mas continuamos ali, escrevendo. Pelo menos como desafio próprio, do tipo 'meu deus, será que vou conseguir fazer um texto bom com esse tema tão ruim?'. Entretanto me limitar somente a este tipo de fomento é um tanto castrante. Prefiro continuar a escrever sobre frivolidades e importâncias minhas. Assim pelo menos nunca vou me render somente ao factual jornalístico. Tenho imaginação também...

Enfim, não sou escritora, mas escrevo. E isso será o suficiente? Por enquanto... E só escrevi isso tudo por causa de um texto do Steve Martin que li no site da revista Piauí. ... aiai...
*ouvidos seleção indie rock para fomentar os miolos