quinta-feira, julho 15, 2010

Despedida

Há tempos venho ensaiando umas palavras, um gesto e até a postura do corpo. Não que precise de muita pompa, não sou pessoa disso. Não que seja assim uma partida traumática. Não. Acho mesmo é que o tempo aqui já se fez, e desfez. Acabou, passou, num dá mais. Foi-se... Vou-me.

Quando desenhei meus primeiros textos aqui, meus poemas, coloquei na tela minhas desesperânças, meus descaminhos... Eu era muito diferente do que sou hoje, nesses tempos. Estava lá numa fase entre a amargura e a novidade, entre o velho e a ansiedade. Estava eu na divisa exata de coisas que nem compreendia, que não sabia nem sequer o nome verdadeiro. E este espaço, com todas as belas amizades feitas a partir dele, foi um grande companheiro e lugar de colocar meu coração em exposição diversas vezes.

Ah, mas como o tempo vem e muda a gente. Pessoas novas que melhoram a gente. A gente mesmo que descobre cominhos além das linhas previstas, das estradas sinalizadas. Descobri coisas novas, pessoas novas que deram à minha vida novos ares, significados, sentimentos, gostos e cores.

Eis que não me sinto mais em qualquer divisa, em cima daquele muro, corda bamba, ou outra coisa assim. O rumo que a vida tomou, e que eu tomei, desfizeram as tantas dúvidas e incertezas de antes, tão presentes e entremeadas nos textos deste blog. Não que as dúvidas e incertezas da vida estejam resolvidos, mas trata-se de outros questionamentos, outro modo de olhar as coisas, outra fase da minha vida.

Então, a necessidade de me expressar e de mostrar ao mundo meus trabalhos me levaram a montar outro blog/site, outro cantinho no ciberespaço. Apresento o Instante Avesso, minha nova casa. Ainda vou escrever poemas que voam, contos que encantam, relatos do cotidiano e questões sobre a vida. Mas, além disso, estão à mostra meus trabalhos artísticos e comunicacionais, minha biografia e meu currículo, para poderem me conhecer mais de perto (mesmo estando longe, rs).

Sem mais delongas, foi um prazer estar aqui. E se quiser me reencontrar dê um pulo lá em casa que a gente toma um chá. Abraços e beijinhos para todos os meus queridos leitores.

domingo, julho 11, 2010

Noites suas

É um bocado estranho. Meu coração um pouco disparado, inquietude, ansiedade. Você não veio e fiquei assim sem lugar, sem preencher meu tempo, o espaço. Como sem fome, ando sem vontade, até penso demais sem ter ideias.

O que você está fazendo, pensando? Dormindo, comendo ou vendo o tempo passar? Sua companhia que é sempre cativa, certa, esperada... não tive. E me sinto metade só. Sim, metade porquê apesar d'eu estar aqui meus pensamentos estão em você. O que me dá mais ansiedade ainda, rs. Por que hoje eu tinha guardado a noite para ti, para nós e não pôde ser assim...

Mas, tudo bem. As suas noites podem ser só suas também, claro. Eu é que as vezes quero todas pra mim. Quanto egoísmo. Me desculpe. Mas, tenho fome de ti, desejo da sua companhia. E uma noite assim, longe, é quase uma eternidade.

Mas, sobrevivo, rs. E você também, rs. Quantos dias assim ainda virão? Tenho que aprender, me acostumar ao menos com a ideia.