sábado, novembro 29, 2008

A Fofoca Erudita

Nunca falei muito sobre minha banda aqui não é? E nem sei por que...

O nome é Fofoca Erudita e vocês podem encontrar links sobre ela por esse blog afora. A Fofoca é formada por mim e minha irmã Juli. Juntas fazemos uma música discontraída sem grandes pretenções...

Essa é a história da Fofoca Erudita. Como tudo começou......



E o primeiro clipe fofoqueiro. A música se chama Balde Encantado, mas na época do clipe ainda estava sem nome e ficou mesmo para contar a história da galinha.



Para saber mais acesse o site oficial.

sexta-feira, novembro 28, 2008

questão

O egoísmo é inerente ao ser humano?

terça-feira, novembro 25, 2008

O mundo ainda tem jeito!!

Nas minhas aulas de Tópicos em Comunicação deste semestre foram bastante transformadoras na minha vida. Me deparei com o estudo da realidade como nunca tinha me acontecido antes.

Nas aulas, regadas a discussões sobre as formas de governo e economia, sobretudo o vigente neoliberalismo, percebi que o mundo está realmente numa grande crise. E não somente econômica lá com os EUA. Não. A crise é social, educacional, emocional, de identidade, de cidadania e principalmente ambiental. E sobre este último ponto é que venho me manifestar agora.

Ontem resolvi ficar na TV até mais tarde, já que hoje não precisaria ir à aula. Passeei por vários canais, assisti vários pedaços de uma péssima programação. Mas enfim pousei na TV Cultura. Estava passando do programa A Invenção do Contemporâneo e me interessei logo na primeira frase que ouvi. Se tratava de uma palestra/conversa com Hugo Penteado, um economista ambientalista. Não pude nem me mexer ouvindo aquilo tudo. Um esclarecimento após o outro. Virei fã do cara, por assim dizer.

E hoje procurando na Internet achei uma entrevista dada a Marilia Gabriela no início deste ano. Vale a pena conferir toda a entrevista, mas deixarei aqui somente as primeiras partes.
















Agora só falta mudar meus hábitos. Espero também que ao ver esses vídeos vocês mudem também.

quinta-feira, novembro 20, 2008

Na Divisa de cara nova


Senti que precisava de mais espaço para colocar todo o conteúdo que gostaria. Então taí a nossa nova coluninha à esquerda. Nela vão aparecer mais opções de navegação para o nosso querido leitor. Espero que gostem.

segunda-feira, novembro 17, 2008

pode saber!

Um abraço sincero é sempre apertado, pode saber!
Os corpos se encostam quase que por inteiro
os calores são trocados e os cheiros...

Um olhar sincero é sempre demorado, pode saber!
Os olhos se pousam e confidenciam
coisas inenarráveis e profundas.

Um beijo sincero é sempre devagar, pode saber!
Os lábios se tocam lentos, se sentem lentos
salivas se trocam lentas e minuciosamente.

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quarta-feira, novembro 12, 2008

notas

Uma das primeiras interações diretas com outros blog! O texto sobre o show do Marcelo Camelo aqui em Bh está no blog Meio Desligado, do amigo Marcelo Santiago. Designer e estudante (quase formado!!) de jornalismo, Marcelo está sempre interado nas últimas novidades do mundo alternativo musical.

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No último dia 29/10 um pessoal muito bacana veio a BH. Me refiro aos Barbatuques. E quase perco o show, mas um amigo deu o toque na desavisada aqui e fomos. Pra falar do show vou me resumir a uma expressão: "do caraleo!!!" Mas para outros detalhes, leia o texto no blog amigo diretamente do fundo do mar,
Em Um Bar no Fundo do Mar.

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Começa hoje a 1ª edição do Festival Favela É Isso Aí - Imagens da Cultura Popular. O festival vai de 12 a 21/11 com a programação toda gratuita. Além dos filmes outras atividades, como palestras e oficinas, acontecerão paralelamente a mostra.

"Produzido pela ONG Favela é Isso Aí, o festival selecionou filmes produzidos em diversos formatos e linguagens, de até 15 minutos, cujo foco principal são as comunidades de periferia do Brasil. A mostra exibirá filmes produzidos em Belo Horizonte, interior de Minas, Salvador, Fortaleza, Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro e estado de São Paulo." (
Favela é isso aí)

Local: Usina Unibanco de Cinema (Rua Aimorés, 2424, St. Agostinho - BH)
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Enquanto eu não estava na Terra o Festival Planeta Terra aconteceu. Trouxe os Breeders e eu quase nem fiquei sabendo... Ah, meu coraçãozinho! Tudo bem... Tem vez que a gente fica por fora mesmo. O foda é depois que tomamos consciencia! Ahrg...
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Radiohead vem ao Brasil! ... uhm... espectativas?

segunda-feira, novembro 10, 2008

cine indie #3

Indie 2008 _ São Paulo
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Para quem vive, mora, visita, ou está em São Paulo fique esperto que o Indie está por aí. Uma parte da programação da mostra que movimentou Belo Horizonte no mês passado chega à maior cidade da America Latina!!

Está rolando no CINESESC, de 6 a 12/11 . Cerca de 28 filmes serão exibidos em 34 sessões, numa realização conjunta com o SESC SP. Os ingressos estão a R$ 6,00 (inteira), R$ 3,00 (estudante e idosos), R$ 1,50 (Trabalhador do comércio e serviços matriculados e dependentes).
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(CINESESC - Rua Augusta, 2075 - São Paulo - SP)
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Confira a programação!


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Mas, como prometi continuarei aqui meus comentários sobre os filmes que assisti. Se você vai assistir a Mostra em SP, pelo menos dê uma passada de olho no ranking que fiz dos filmes que assisti na Mostra de cá.

Continuemos... agora com o 6º e 5º lugares!
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6° lugar

Como Ser ("How To Be", dir Oliver Irving, Reino Unido, 2008)

Na fila, antes de entrar na sala escura, uma moça passa cheia de pop cards distribuindo-os. Me ofereceu um e aceitei. Logo vi que se tratava do filme que iríamos assistir nos instantes seguintes. As fotos do cartão eram bonitas, bem produzidas e tudo. Me deu até mais ânimo para assistir à película.


Ao ler a sinopse confesso que fiquei no mínimo curiosa. Um cara que volta para a casa dos pais depois de romper com a namorada pra mim foi um tanto curioso. Ainda mais levando em consideração a foto do filme na programação da Mostra, ele na cama dos pais como uma criança com dificuldades de dormir, apesar de sua expressão de travessura no rosto (foto acima).

Fato é que o filme, pra mim, não acrescentou em nada. Uma história insossa... Nem os fatos dignos de uma boa comédia me comoveram...

É que Art é um músico frustrado. E, diga-se de passagem, ele nem chega perto de ser músico mesmo! rs. Mas às tantas ele volta à casa dos pais. O problema é que o jeito como é tratado pelos pais desencadeia (tardiamente) uma crise existencial no rapaz. Para tentar resolver tal crise ele se apóia em conselhos de um livro de auto-ajuda. Logo depois o próprio autor do livro vai morar na sua casa e da palpites o tempo todo na conduta de Art. E isso resolve alguma coisa? Nada.


A questão talvez do filme seja justamente mostrar como a geração de Art é (ou está?) desorientada quanto a tudo. Amor, profissão, amizade, família etc. Ele é um desorientado sem motivação, sem objetivo nem nada. Um cara que eu fugiria dele, rs. (ah... e parece que não toma banho há séculos!)

Chegou aqui no 6º lugar por essa falta de questionamento relevante para mim. Não que não questione nada, aliás, questiona justamente a posição de Art na sociedade. Mas é que pra mim não fez muito efeito. Só isso.

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5° lugar

Rio ("River", dir Mark Wihak, Canadá, 2007)

Um homem e uma mulher, afinal, podem ter uma amizade digna de grandes sentimentos?? Mas, só amizade? Será que tudo não passa de um estágio anterior ao amor? Ou é tudo amor, mas sem sexo? Amizade e amor, qual a diferença?

Uma história de amizade. Profunda e super recíproca, até chegar a confundir um dos lados. Está a grande questão de Rio. Regada a fotografias e poemas, a relação de dois amigos transcorre com o passar do tempo.


São dois jovens cheios de sonhos e expectativas e frustrações na vida. Com a amizade, cada um supre o vazio do outro numa relação cheia de signos às vezes difíceis de serem absorvidos e interpretados pelos próprios personagens.

Stan e Roz vivem juntos, mas como amigos somente. Quando Roz dorme com um cara estranho, Stan reage com uma crise de ciúmes que acaba com a confiança de amizade que cada um tinha pelo outro. Um ponto delicado e muito, muito sutil. Afinal, onde acaba a amizade e começa o amor? E o desejo? Onde fica?


Rio se passa e o espectador fica com uma certa sensação de inacabado. Eu fiquei. Por isso essa posição no ranking. Nada de grandes emoções, ou momentos de comoção total da platéia. Nenhum personagem de tirar suspiros ou provocar tamanha ira... Uma história que se aproximou da realidade pela falta desses itens quase fantásticos, próprios das novelas, cinemas e tal. Os personagens parecem pessoas comuns até demais. Com problemas comuns e nada demais... É isso. Nada, nada demais...

Se tivesse uma cor seria uhm... azul bebê. Ou cor de hospital. Sabe? Muito suave, quase imperceptível...

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Ainda temos 4 filmes na lista. Conforme o tempo e os acontecimentos permitirem... vou escrivinhando aqui, rs. Aguarde...

quarta-feira, novembro 05, 2008

Marcelo Camelo em BH

Acabo de pisar em casa e a vontade de descrever a experiência é tamanha que nem vou esperar o amanhã, com todo o meu ar descansado. Não, vai agora mesmo, rs.

Belo Horizonte, Minas Gerais - 05/11/2008
Show de Marcelo Camelo - Lançamento do álbum Sou
Palácio das Artes, 21:00h.
Grande teatro. Platéia II, fila II, cadeira 3.

Muitas pessoas conversando, procurando seus assentos. Amizades revistas, beijos trocados, fofocas contadas, piadinhas sem graça, expectativas à flor das peles. Um burburinho ensurdecedor. As luzes se apagam e mesmo antes de qualquer pessoa subir ao palco, os mais excitados já bradam suas tietagens.



Somente as luzes do centro estão acesas. Todas convertidas a um banco atrás de um microfone. Então entra a razão da noite. Marcelo, um cara magro e um pouco curvado, anda até o banco iluminado e pega seu violão. A imagem é linda e singela. Delicada, assim como o moço, que com tanta barba é difícil ver sorriso ou qualquer outra expressão assim delicada. E era pra ser aquele momento de profunda concentração no silencio oco do teatro, mas infelizmente alguns muitos da platéia pouco deixavam o show começar. Os gritos e palmas fora de hora chegaram a ser profundamente irritantes.

A principio a sensação total, em relação à tamanha manifestação do público, era de que aquele cara ali era realmente ovacionado e até idolatrado por alguns. Mas o tempo passou e o artista tentando fazer o seu papel, mas esses agitadores simplesmente não deixavam o espetáculo rolar. Queriam aparecer mais que o artista. Os gritos e os intermináveis aplausos atrapalhavam e deixavam o músico até sem jeito. Mas pouco a pouco esses foram se calando e deixando o moço falar e tocar... e cantar. É, em alguns momentos...


Apesar disso, devo dizer que Marcelo Camelo é um cara muito carismático em toda sua simplicidade e na tal timidez. Mas isso eu já tinha comprovado em outras ocasiões. O novo aqui, pra mim, foi a energia ao lado de uma banda muito diferente da Los Hermanos. Com sons mais delicados o Hurtmold ajudou a moldar a atmosfera do show e do disco, dando uma cara realmente nova para o trabalho do Camelo.

O disco Sou foi tocado quase que de cabo a rabo. Algumas do Hermanos, como não poderia ser diferente, fizeram parte do set list, para delírio dos tietes de plantão. E mais uma, que talvez tenha dado o clima mais intenso e incrível de todo o show, Despedida (nessa os aplausos e contorias super alvoroçadas sessaram um bocado... será que não sabiam a letra?).


Quase todas (quando eu digo todas é verdade!!) foram entoadas pelo forte coro animadíssimo (às vezes até frenético demais) da animada platéia. Canções como Janta, Copacabana, Menina Bordada, Vida Doce, Morena, Moça e as outras muitas. Às vezes era até impossível ouvir a voz do moço lá no palco, o que me deu até um pouco de raiva. Pô, tinha ido ali pra ver a performance dele, não de outros desconhecidos e desafinados que faziam questão de gritar as poesias... Sinseramente, me senti profundamente desrespeitada com platéia. E a sensação que tenho em relação ao Camelo é de que ele também não achou assim tão do caraleo essa intromissão do público...

Assim foi o show todo, que foi até rápido. No final algumas canções para finalizar de violão e voz mesmo. Mas aí todas as vozes estavam no meio, inclusive a minha. Pelo menos metade das pessoas deixaram seus assentos e foram se aproximando do palco. Cantando, dançando. Uma catarse carnavalesca em coletivo, rs. E pronto, ele se despediu e foi indo embora. Aí foi que aconteceu o que eu nem de longe previa. Os tietes subiram no palco atrás do ídolo... Achei deseducado... Fiquei sem entender...


Por fim teve bom, mas poderia ter sido melhor se aquela parte do público respeitasse a apresentação. E fico aqui tentando analisar o por quê de tamanho frisson... Uhm...


**fotos do companheiro de guerra João Pé de Feijão