segunda-feira, novembro 13, 2006

volver


Eu, particularmente, claro, não tinha muito o que perder saindo de casa. A não ser a saúde que estava um pouco teimosa de melhorar. No sábado depois de todas as coisas possíveis acontecerem no meu esgotarem dia aceitei um convite pro cinema. Fomos cinco no carro. Um casal, dois antigos colegas de infância e uma louca no volante. Ninguém sabia qual filme ver, e isso pra mim era quase [veja bem, quase!] um absurdo, afinal assistir um filme no cinema é todo um ritual e isso precisa ser valorizado e respeitado! Mas fui como se aquilo tudo resultasse numa grande pizza ou picanha numa mesa qualquer.
Chegamos e o filme foi escolhido! Não era o que eu queria, mas o acaso foi meu amigo!!! Minha irmã não pode nem se quer comprar o ingresso para o tal filme por ser menor de idade. Então adivinha o filme, que para minha surpresa estava em exibição, fomos degustar? Ahá! VOLVER, a mais nova de Almodóvar.
Mais uma história desconsertante e envolvente. Mais cores vivas e fabulosas. As músicas...
Tia Paula morre. Sole tem medo de fantasmas mas sua mãe, morta, lhe aparece e quer sua ajuda. Raimunda resolve os problemas de todos, mas ela mesma está cheia deles. A pequena Paula está crescendo. Augustina tem câncer. Mulheres resolvendo suas vidas. E mal têm tempo de chorarem nos ombros umas das outras. E ainda assim conseguem ficar relativamente bem.
A pitada de humor é incrível. Os óculos de Tia Paula e a assombração da mãe de Sole e Raimunda. As roupas extravagantes e o estilo quase Marilda de Penélope Cruz. Cada olhar, cada lágrima ou risada. Tudo posto em seu melhor ângulo, em seu melhor tempo. Tudo é bom, talvez perfeito.
E para completar essa sensação talvez rever Hable con Ella. Mas não hoje... ainda não.
para ouvir...
*Volver - Estrella Morente

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